sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Desassociação do Museu Nacional da UFRJ seria ato arbitrário e autoritário’, diz universidade

Instituição fluminense se manifestou nesta sexta sobre a possibilidade cogitada pelo governo Michel Temer




Ana Cecília Maia e
Brenda Câmara
Em: 10/09/2018
Fonte: Roberta Jansen (adaptado)

Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido.
A situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos junto ao público.para reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata. A meta era chegar a R$ 100 mil. Após o corrido, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se posicionou sobre a hipótese de o Museu Nacional ser retirado de sua administração. “Qualquer medida dedicada a retirar da UFRJ o Museu Nacional representaria ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária e a comunidade científica do país”, declarou a instituição.
A nota segue acrescentando que o Museu Nacional não é uma instituição dedicada exclusivamente à guarda de acervo. “Além da guarda da memória, da cultura do país e do mundo, ali se produz conhecimento, ciência de ponta reconhecida pela Capes com a nota 7, maior índice de avaliação possível para uma instituição acadêmica no Brasil. O Museu Nacional é uma unidade da UFRJ dedicada a ensino, pesquisa e extensão, cuja indissociabilidade é prevista no artigo 207 da Constituição Federal.” 
A universidade diz ainda que o corpo “altamente qualificado de docentes, pesquisadores, estudantes e servidores técnico-administrativos em educação do Museu jamais poderia se submeter a uma organização social ou qualquer outra instituição que não seja a UFRJ.”
A possibilidade de o governo federal realizar tal alteração surgiu quando o presidente Michel Temer passou a considerar a edição de uma medida provisória com esse fim. 
A ideia da MP foi discutida em reunião com banqueiros e empresários e os patrocinadores dos futuros afirmaram considerar a proposta importante, de acordo com fontes que estiveram no encontro. Os empresários reclamaram da governança e da gestão dos museus e das instituições culturais do País e a ideia de retirar o Museu Nacional da UFRJ foi apresentada como uma contrapartida.





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